Dados de um estudo de fase final mostram que as mulheres com cancro dos ovários avançado, que não receberam tratamento prévio e que tomaram o Avastin® (bevacizumab) da Roche, em combinação com quimioterapia, seguido de Avastin® como tratamento de manutenção, tiveram uma melhoria de 39% na sobrevivência livre de progressão, comparando com apenas quimioterapia.
Os resultados foram apresentados na reunião anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), noticia o site FirstWord.
Com base nestes dados, o líder do estudo Robert Burger sugere que "a combinação de quimioterapia e Avastin® deve ser considerada como uma opção padrão para o tratamento das mulheres com cancro dos ovários avançado."
No estudo randomizado, 1873 mulheres com cancro dos ovários epitelial avançado, não tratadas anteriormente mas que foram submetidos a cirurgia, receberam placebo e quimioterapia e depois placebo, ou Avastin® mais quimioterapia seguido de placebo, ou Avastin® e quimioterapia seguido de Avastin® como terapia de manutenção.
Os dados mostraram que as mulheres que receberam o Avastin® com quimioterapia, e como tratamento de manutenção, tiveram uma sobrevida livre de progressão mediana de 14,1 meses, contra 10,3 meses nas mulheres que receberam apenas quimioterapia.
Os investigadores notaram que as mulheres que receberam o Avastin® durante menos tempo tiveram uma sobrevida livre de progressão mediana de 11,2 meses, o que não foi considerado estatisticamente significativo, comparando com apenas quimioterapia.
Observando que "tem havido algumas melhorias nos resultados das mulheres que têm esta doença nos últimos dez anos", Hal Barron, director médico da Roche, disse que "somos incentivados por estes resultados” e “vamos discutir estes dados com as entidades reguladores dos EUA e globais.”
O analista Mark Dainty, do Citibank, referiu que o Avastin®, que alcançou vendas de 5,7 biliões de dólares em 2009, poderia gerar entre 688 milhões e um bilião de dólares como tratamento para o cancro dos ovários.